sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Homilia dia (20/11/2011) “O Senhor é Pastor e Juiz de seu Povo!”


LITURGIA – FESTA DE CRISTO REI.
20 de novembro de 2011.
“O Senhor é Pastor e Juiz de seu Povo!”

1.Introdução.
No último domingo do Ano Litúrgico, Jesus recorda que Ele é o Pastor e o Juiz de seu Povo. É o Pastor misericordioso que procura a ovelha desgarrada e avalia com justiça as obras e a vida de cada um de nós. A ovelha machucada Ele a carrega nos braços, e a ovelha gorda será tratada com justiça!
Jesus não é rei segundo a moda deste mundo; Ele é rei porque venceu a morte e garante a ressurreição para os seus seguidores. É o primeiro a ressuscitar, encabeça a procissão dos ressuscitados e nós esperamos fazer parte desta procissão na condição de sermos bons pastores como Ele foi!
O critério para o julgamento será o amor manifestado para com os mais fracos. O pobre, o doente e o injustiçado... todos eles são, para nós, um verdadeiro sacramento da presença de Cristo. Se você acolheu o pobre, foi a Cristo que você acolheu!

2.Palavra de Deus.
Ez 34,11-12.15-17 – Os pastores do Povo de Israel eram os sacerdotes e as lideranças políticas.Por sua omissão causaram a desgraça do Povo levado para o exílio; agora, é o próprio Deus quem vai cuidar do rebanho. Jesus é o “Pastor prometido”: Ele cuida com carinho e compaixão das ovelhas doentes e machucadas, e deverá julgar com severidade as ovelhas gordas e prepotentes.
1Co 15,20-26ª.28 – A ressurreição de Jesus é prova de sua divindade. Ter fé em Jesus ressuscitado significa crer na própria ressurreição. Se Jesus não ressuscitou estamos perdidos! Mas, se Jesus ressuscitou, a sorte dos incrédulos é desgraça certa! Jesus, na condição de “primícias”, abre a procissão que seus discípulos vão engrossando, felizes, porque a morte não manda mais sobre eles!
Mt 25,31-46 – Jesus é o “Pastor prometido” que tomará conta do rebanho abandonado pelos pastores (lideranças civis e religiosas) de Israel e fará um julgamento justo favorecendo os mais fracos que foram prejudicados pelos poderosos. Ovelhas gordas e carneiros chifrudos prestarão contas de seu procedimento maldoso. Deus estabelecerá a verdadeira justiça no Reino anunciado por Jesus.
3. Reflexão.
·         A “Festa de Cristo Rei”, na sua instituição, tinha um apelo missionário e apostólico: conquistar o mundo para Cristo! Era a mística do “Movimento da Ação Católica”, estimulada pelo Papa Pio XI. Hoje, sem perder o apelo missionário, recorda o Bom Pastor, preocupado com as ovelhas abandonadas, desgarrados e enfraquecidas e, por isso, necessitadas de misericórdia e compaixão. Jesus se apresenta como o “Bom Pastor”, aquele que dá sua vida pelas ovelhas e carrega no colo as machucadas! Seu Reino não é símbolo de poder, mas de compaixão e de misericórdia!
·         Jesus é o “Pastor ressuscitado”, vencedor da morte e primícias da vida ressuscitada. Aos coríntios que não acreditavam na ressurreição pessoal, Paulo garante que a fé na Ressurreição de Cristo é garantia de nossa própria ressurreição. Sofrer tanto neste mundo e não ressuscitar no fim seria uma irreparável desgraça! Crer em Cristo para quê, se não ressuscitarmos com  Ele? A esperança da ressurreição é alegria e força na luta cotidiana pela prática do bem!
·         Jesus é o Rei do Universo!É Ele quem dirige a História. Ele a dirige mesmo com as “linhas tortas dos poderosos”! O amor, a solidariedade e a gratuidade... valores ensinados por Ele, germinam discretamente entre os homens de todos os tempos. O mundo será transformado, sim, por Ele. Esta é a nossa esperança! Nós cremos no seu reinado; por isso, lutamos por um mundo melhor!            
                         “O Senhor é meu Pastor Ele me acompanha em toda a parte!”
Frei Carlos Zagonel.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Homilia dia (13/11/2011) "Feliz quem serve ao Senhor de todo o coração!”



LITURGIA – XXXIII DOMINGO COMUM.
13 de novembro de 2011.
"Feliz quem serve ao Senhor de todo o coração!”
1.Introdução.
Fim de ano é tempo de avaliação e de prestação de contas. Toda a empresa faz isso! Faz um balanço do ano inteiro para verificar a real situação da mesma. O patrão não se quer enganar e “quebrar a cara!” Do mesmo modo, a Igreja nos pede  uma prestação de contas para verificar nossa real situação. A “Parábola de Jesus” presta-se bem para um exame de consciência!
Se cuidar bem de uma empresa é sinal de sabedoria, não podemos ser negligentes no cuidado com os bens que Deus nos confiou para administrar. Quais são os talentos que recebemos e que fizemos com eles durante o ano que passou? Somos merecedores de elogio ou de condenação? Um bom exame de consciência pode livrar-nos de uma condenação definitiva.

2.Palavra de Deus.
 Pr 31,10-13.19-20.30-31 – A mulher, descrita no Livro dos Provérbios, é símbolo da sabedoria e da diligência no cumprimento da própria missão. O cristão deve assemelhar-se à mulher que administra com sabedoria a própria casa. Os dons pessoais não são um mero ornamento pessoal. São recursos, recebidos  para bem cumprir a missão recebida do Criador.
1Ts 5,1-6 – O Apóstolo Paulo alerta-nos para a certeza da vinda do Senhor. Ele não procura assustar-nos, mas nos quer vigilantes para acolher com festa o Senhor que vem para nos salvar. Viver na sobriedade para entrar alegres no “salão da festa eterna!”
Mt 25,14-30 – A “Parábola de Jesus” é um alerta para a vigilância e a reafirmação da fé na vinda gloriosa de Jesus para julgar vivos e mortos. Não é a pedagogia do susto, mas os filhos devem estar prontos para a volta de Jesus! Devemos estar atentos e vigilantes para recebê-lo com festa. A prestação de contas vai por conta da encenação, mas a alegria vem do fato que Jesus cumprirá sua Palavra: “Ele virá para nos salvar definitivamente!”

3.Reflexão.
·          Nossa vida não é um acaso e nem a nossa morte um destino absurdo. Deus nos colocou no mundo para cuidar do jardim e para crescer na vida divina segundo o modelo de seu Filho Jesus. Este é o sentido de nossa vida na terra! Não somos um grão de areia perdido no deserto; somos um sonho de Deus, somos seus filhos adotivos, participantes de sua natureza divina. (2Pd 1,4).
·         Tanto a “Parábola de Jesus” quanto o ensinamento de Paulo falam da diligência necessária no cumprimento do “Plano de Deus” a nosso respeito. Ele nos quer participantes responsáveis neste “Plano”. Não estamos no “Plano de Deus” como condenados, mas como alegres criaturas humanas premiadas pela maravilhosa proposta divina: sermos seus filhos adotivos à imagem e semelhança de Jesus, que voltará para colher os frutos da semente colocada  no íntimo de nosso coração no dia de nosso Batismo.
·         O dom de Deus é de qualidade e precisa frutificar; não vamos enterrar o talento pensando que Deus não reclame seus direitos de semeador. Sua Palavra é eficaz, precisa frutificar! Não desperdicemos os dons do Senhor! Ele é zeloso de seus dons. Virá à procura de rendimentos!
Sejamos diligentes no cuidado e na administração da obra do Senhor, pois, Jesus virá, com certeza!
“Minha felicidade é estar com Deus
e colocar no Senhor a minha esperança!
Frei Carlos Zagonel.