Os discípulos haviam esquecido de levar pão e só tinham um pão no barco. Jesus chamou a atenção deles, dizendo:- Fiquem alertas e tomem cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes! Aí os discípulos começaram a dizer uns aos outros:- Ele está dizendo isso porque não temos pão. Jesus ouviu o que eles estavam dizendo e perguntou:- Por que vocês estão discutindo por não terem pão? Vocês não sabem e não entendem o que eu disse? Por que são tão duros para entender as coisas? Vocês têm olhos e não enxergam? Têm ouvidos e não escutam? Não lembram dos cinco pães que eu parti para cinco mil pessoas? Quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram? Eles responderam:- Doze. Jesus perguntou outra vez:- E, quando eu parti os sete pães para quatro mil pessoas, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram? Eles responderam:- Sete. Então Jesus perguntou:- Será que vocês ainda não entendem? Bíblia Sagrada – Nova Tradução na Linguagem de Hoje Bom dia! Costumo dizer que das vezes que fiquei decepcionado a ponto de “chutar o balde”, 80% das vezes foram com pessoas que eu definitivamente não esperava. Em uma grande parcela desses momentos, eram amigos muito próximos, maduros e sem motivo algum aparente. Surge então a pergunta: quem nunca se decepcionou com alguém de sua comunidade (padres, coordenadores, parceiros), do trabalho, da faculdade ou da sua família? Jesus deixa transparecer esse novo suspiro, dessa vez pelos que o acompanham. Cronologicamente não conseguimos precisar quanto tempo Jesus convivia com eles quando houve esse diálogo. Um ano, dois, três anos.. Não sabemos, mas depois de tantas experiências e profundos ensinamentos partilhados, como ainda podiam se comportar como se estivessem no inicio do convívio de um relacionamento. A amizade entre pessoas cresce à medida que existe cumplicidade mútua. Jesus trazia a tona que havia “cumplicidade” por sua parte desde o começo. Demonstrava claramente a vontade de vê-los crescer, mudar, amadurecê-los e prepará-los para a eminência da sua ausência. Talvez justificasse assim a tristeza nas palavras que se seguiram durante o diálogo. Se assim podemos dizer, e talvez isso nos afague, só nos decepcionam de verdade aqueles de quem muito esperamos!
Engraçado que, por vezes dizemos que esquecemos o que nos aconteceu, mas realmente esquecemos? Como lidamos com as limitações dos outros? Qual é o nível de comprometimento que uma discussão ou desentendimento pode levar? Quantas brigas surgiram da vontade de AMBOS em ir à MESMA DIREÇÃO, no entanto cada um DO SEU JEITO? Um ditado índio americano diz que dentro de cada um existem dois lobos, um bom e um ruim; que diariamente se digladiam para ver quem sairá vencedor. A sabedoria revela que logrará êxito aquele que for alimentado diariamente. O lobo “bom” é alimentado de fé, esperança, paz, perdão, objetividade, coerência, discernimento, amor, (…); Deus nos nutre de maravilhas incomensuráveis, mas deixa facultativo alimentar ou não, aceitar ou não. Apesar de próximos a Jesus, os apóstolos, talvez pelo medo, receio, incompreensão, angústia (alimento do outro lobo) não aceitavam por completo essa CUMPLICIDADE com que viam, conviviam e ouviam. Andavam com Ele, mas ainda tinham seus próprios passos, suas próprias decisões. Mesmo caminhando a procura de Deus, devemos nos nutrir diariamente do que é bom. Nossa fé se fortalece na dificuldade, nos revés e inclusive no desânimo, na decepção, na tristeza. Se O abandonamos facilmente na presença da primeira brisa, precisamos refletir a nossa cumplicidade nessa amizade. Sejamos cúmplices do amor de Deus e quanto às decepções com os outros… Continuemos andando!!!
Um imenso abraço fraterno! |
Alexandre Soledade
"(...) A alegria evita mil males e prolonga a vida". (William Shakespeare)
(65) 8408-4145
Deus é Maior |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Conhecer a Cristo pela fé é nossa alegria;
Segui-lo é nossa graça; e
Transmitir este tesouro aos demais
é nossa tarefa.
Que o Senhor nos confiou ao nos chamar
e escolher!